Denominaram-me como fictícia, irreal; comparada a uma utopia. Porém, nas minhas mãos abalaram-se cerca de trinta e cinco almas desprevenidas. Amantes julgavam ser eles, pobres ingénuos. 

O que era suposto ser uma noite de pura luxúria com facilidade se transformava num momento fatal. Um copo de vinho que acompanhado por uma dose letal marcaria os dias de ambos. 

Os demais sempre desvalorizaram a insanidade de uma Mulher. Dúvidas quanto à pratica de ações tão fúnebres cegavam a mentalidade da maioria. Enquanto tais mentes se mantinham ofuscadas, o delírio consumia-me integramente. 

Pena sinto por aqueles que questionaram o meu ser; por todos aqueles que pelo meu encanto se debruçaram e terminaram por falecer. Uma morte tão sofisticada e sobretudo tão doce; tal como um liquor. 

Uma Mulher traumatizada é uma Mulher sem fronteiras; Dedico todos os meus atos àqueles que julgaram não provar do meu suco vingativo.

Um brinde àqueles que violaram e enlouqueceram o meu ser.