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08.06. - posted by guest on 2nd June 2020 11:05:34 PM
Angus,
Apareceste como uma brisa fresca numa manhã de verão que dia após dia me foi prendendo, entorpecendo em si e que me arrasta até aos dias de hoje. Dono de uma postura serena, de um caráter íntegro e de uma essência envolvente. Fascina-me que não te atraiçoes a ti ou à tua consciência, mesmo que isso implique uma discórdia. E mesmo que ela seja comigo. Mas num mundo tão facilmente irrealista e enganador, vejo-me ficar imersa numa sensação quente por saber que te tenho. A voz que me acalma e que me impede de andar a arrancar cabelos aos outros ou de acabar demente.
Vejo-me olhar em retrospetiva e perceber que muito daquilo que eu alguma vez desejei ou idealizei se revelam meros nadas quando te coloco a ti no panorama. Tudo me satura ou sufoca, menos tu. Soubeste acolher-me com estabilidade sem cair numa rotina insuficiente. E se há palavra que é valiosa para mim, por nunca a teres menosprezado, é a tua. É reconfortante poder confiar em ti. Porque quando algo não parece bem, és tu quem procuro.
Despertas os meus sentidos e isso inclui levar-me de um extremo ao outro; despertar em mim a calmaria e a agitação em pessoa. Um sentimento que me deixa fodida por não poder ser contido mas que tanto me abraça. Que me faz sempre querer voltar por mais. Porque tu és o melhor que eu alguma vez tive, mas não o pior. Nunca serás o pior. E asseguro-te que nada teria o mesmo sabor sem ti.
Um feliz aniversário, meu amor.
Da mulher a quem chamas boazona, Yeva.