Ato 7

O sumiço

Gostaria de começar dizendo que depois dos ocorridos de Danton e Poppy, eles se tocaram e ficaram longe um do outro, mas infelizmente seria mentir. O café da manhã estava cheio de hormônios, um ao lado do outro distribuem olhares maliciosos e sorrisos.

Danton soltou um pigarro e se virou — Poppy? Você acei...

— Ei galera! — interrompeu Connor.

Ah, como agradeço ele.

Todos no cômodo o olharam, o jovem estava com olheiras e desarrumado.

— Tudo bem ? — quis saber Poppy.

— Não. — respondeu prontamente, claro que não, eu já tinha entrado em ação — Ziva Quinzel sumiu.

Todos apenas o olharam, sem grandes expressões.

— Eu estou falando sério! — insistiu se irritando — Qualé?

— C — chamou Zinda com carinho — Talvez ela só esteja aprontando por algum canto.

Ele bufou e se sentou no degrau da cozinha — eu passei toda noite vigiando todos os cantos da cidade e nada.

— Viu a casa dela? — sugeriu Arthur.

— Sim, eu fui ao estudio e nada.

— Irmão, espere. Logo ela vai aparecer — pediu Poppy sorrindo para ele.

Ninguém mais falou e eu queria que tivesse continuado assim. Mas ainda não dominava eles, infelizmente.

— Então, como eu dizia — Danton quebrou o silencio e se volta para Poppy — Sei que no passado fiz tudo errado e começamos tudo errado — os olhos dele brilhavam e ninguém em volta piscava — quero ter outra chance e fazer direito.

Nenhum deles abriu a boca ou respirou naquela torre e eu estava quase aos vomitos.

 —Poppy, aceita ir a um encontro comigo? — pediu segurando as mão dela.

Por um minuto todos continuaram imoveis e eu pensei que ela iria recusar, mas ela balançou a cabeça confirmando, o que levantou um coro de provocações dos amigos.

Com o convite aceito eu comecei a sentir muito mais ciumes e fui adiantando o plano, enquanto elas batiam perna pelo parque da cidade eu trabalhava.

Foi aquele encontro cliche, conversa boba, sorvete e beijos, não sei dizer quantos bejos. E com esse romance chato que não acrescenta muita coisa, vamos pular para parte que importa.

Enquanto eles estavam andando feito pinguins, grudados, algo chamou atenção de Poppy.

 — Dant — chamou o empurrando, ele a olhou — É ziva Quinzel.

Ela apontou para garota andando pelo parque, foram até ela.

— Ei palhaça! — chamou a Wayne.

Ziva Quinzel se virou para eles, seu olhar era de peixe morto e não estava normal. Assumo minha culpa, foi a primeira vez que hipnotizei e talvez tenha exagerado, e por esse motivo a garota não estava reconhecendo eles.

— Ziva, você está bem ? — insistiu Danton.

Nada mudou, ela continuou olhando sem entender. Poppy se aproximou e tocou seu braço, a de cabelos coloridos deu um pulo para trás e sem mais nem menos saiu andando para longe deles.

— O que esta acontecendo com ela? — questionou Poppy a olhando se afastar.

— Ah,deixa para lá — pediu Danton a puxando para outro irritante beijo.

Eles continuaram nesse lenga lenga no parque por um bom tempo e assim que voltaram para torre, ela foi até o gêmeo que estava na sala de jogos.

— Oi — cumprimentou se jogando no sofa ao lado dele que tentava matar o maximo de zombies que conseguia.— Vi Ziva Quinzel.

Connor parou de jogar e a olhou — Ela estava bem?

— Hum...

— Pípí!

— Estava, eu acho. Não quis falar com a gente — contou tomando o controle da mão dele, ela percebeu que o irmão estava mal— Con, você gosta dela não gosta?

A pergunta o ruborizou, ignorando a irmã e se focando na tela a sua frente.

— Connor!

Ele apenas olhou com o canto de olho — Só não me importa quem ela é e quem eu sou.

— Você é igual ao papai! tem um fraco por vilãs. — provocou o cutucando com o cotovelo.

— Pode ser — aceitou esfregando a testa — me importo com ela.

— Irmão, se você sente isso e é o que quer, vá atras! assuma e seja feliz. — sugere enquanto finaliza uma missõa do jogo.

Nesse momento o boco de Danton passa por ali, saindo da cozinha, ele e Poppy se olham e Connor percebe.

— E você? — pergunta tomando o controle da mão dela— Vai atras também?

Poppy ri — Não! — respondeu com veemência, ainda bem! — sabe que é diferente, não é tão facil — por um momento ela fitou o nada — Acho que também sou como papai, tenho uma queda por um Prince — brincou rindo junto com o gemeo.

E até que bom ver esses doces momentos em família, mas eu estou proximo e sedento por agir.