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𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐁𝐢𝐫𝐭𝐡𝐝𝐚𝐲 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭. ❦ - posted by guest on 5th October 2020 05:52:17 AM

Atento impacientemente o relógio — 23:57 – enquanto tu rias a altas gargalhadas com o nosso grupo de amigos num jantar organizado por nós com o intuito de reviver um pouco da tua história de vida e pequenas situações da mesma.

Dois inocentes minutos depois coloco-me atrás do teu corpo silenciosamente e observando a contagem decrescente sustenho a minha respiração até o relógio bater a meia noite. 

Os meus braços envolvem o teu corpo e enquanto os demais te gritavam os entusiasmados parabéns e sussurro ao teu ouvido.


“Muitos parabéns, Art. 

Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas.” 


Senti o teu corpo virar-se inteiramente na minha direção enquanto uma expressão de um misto de confusão e euforia te inundava o rosto. 

Sem mais demoras e enquanto nos enchiam novamente os copos, pressionei os meus lábios contra os teus saboreando esse teu gosto selvagem enquanto a minha língua reencontrava-se com todos os teus recantos como se estivesse faminto de ti. 

Merda, se eu pudesse possuía-te aqui e agora.

Já de copo cheio brindamos ao teu aniversário.

Soltei o teu corpo e deixei-te conviver com os demais enquanto fui até fora do Hotel fumar o meu cigarro com o restante pessoal; aproveitei para degustar o meu copo de Whiskey uma última vez e piscando o olho aos meus irmãos avancei prontamente para dentro do edifício. 

Ajeitei uma das muitas cadeiras e subi para cima de uma mesa – o meu típico ato exagerado – limpando a garganta e prosseguindo. 


“Meus caros, sei que estão todos bastante empolgados com o aniversário da Artemis mas um gajo já está a ficar fodido de tanta espera e de tanto guardar segredo.” 


Abri o meu casaco e fui ao bolso do mesmo retirando de lá uma pequena caixa vermelha; apontei para ti e chamei-te com o meu dedo até mim vendo-te caminhar na minha direção com um sorriso de orelha a orelha.

Enquanto descia da mesa recomecei o meu discurso. 


“Como disse anteriormente, tenho vindo a guardar este segredo comigo faz tempo e já estou a ficar saturado com tanta informação a querer explodir de meu peito. 

Espero que estejas pronta para o teu novo brinquedo, bebé.” 


Entreguei-te a caixa e observei o Sylas abrir as portas revelando o Bugatti personalizado para ti, ao abrires a pequena caixa viste a chave do teu novo veículo (mais precisamente um veículo de quatro rodas - que informação dramática). 

A tua reação encheu-me o coração pois percebi que não contavas minimamente com isto; abraçaste-me e beijaste toda a minha cara agradecendo-me as mais variadas vezes até decidires correr para o teu novo carro e deixares-me especado de braços abertos. 

Era o teu dia e eu tinha que lidar. 

Claramente que uma surpresa nunca vem só. 

Eram perto das quatro horas da manhã, já tinhas aberto todas as tuas prendas e o pessoal começava a reunir-se para irem cada um para os seus aposentos. 

Despedimo-nos de todos e subimos para o nosso quarto com a vista mais bela possível – o Mar. 

Eram agora seis da manhã e o Sol começava a nascer lentamente, depois de uma boa hora de “birthday sex” levei-te até à varanda servindo-nos um copo de champagne e acendendo um cigarro. 

Ambos tínhamos apenas um pedaço de tecido a cobrir o nosso corpo, mas também não fazia diferença pois não havia qualquer tipo de brisa fria naquele momento. 

Deixei-te a observar a paisagem tranquilamente como tanto gostas de fazer e fui até ao meu casaco buscar a última surpresa de aniversário; 

Ao ir novamente na tua direção procurei o lado em que tinhas maior sensibilidade no corpo e beijei o teu pescoço. 


“Bebé, o carro não foi o grande presente da noite.” 


Murmurei vendo-te agora a olhar na minha direção com o maior ar de desconfiada possível. 

Abri a tua mão e depositei na mesma um objeto frio e estranho ao tato por ser de forma tão incomum, fechei-a e depositei um último beijo nos teus lábios antes de te dar a liberdade de observar o que agora te enfrentava. 


“Feliz Aniversário, Amor da Minha Vida.”


Proferi enquanto te vi abrir a mão e encarar a tão desconhecida chave — a chave de minha casa. Aliás, a chave de nossa casa. 


“Eu quero que venhas morar comigo, Artemis.

A merda da minha vida já não faz sentido sem ti e para quê esperar mais quando eu sei que te quero? És Minha, caralho.”


Numa fração de segundos saltaste para o meu colo e beijaste-me de uma forma tão intensa que achei que seria impossível intensificar algo que supostamente já havia atingido o seu auge faz tempos. 

Empurrei-te contra a parede da varanda e após te sentar no parapeito da janela observei-te de cima a baixo com um grande sorriso murmurando. 


“Eu amo-te, miúda.

Nunca duvides dessa merda.” 


Ali mesmo consumamos o ato do nosso amor uma e outra vez até finalmente cedermos ao cansaço e atirarmos os nossos corpos para a desarrumada cama que fora, umas horas antes, o palco das nossas necessidades carnais. 

Após um último beijo encaixaste o teu corpo no meu peito e adormeceste enquanto te acariciava o cabelo, uns bons minutos depois acabei por ceder igualmente ao cansaço adormecendo com a minha mão à volta do teu corpo. 



E assim se passou a tua noite de aniversário, espero que o dia seja igualmente bom ou ainda melhor, Misery. 



            A vista do nosso quarto de Hotel. 



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