A desigualdade de gênero é um tipo de discriminação que coloca o homem em um patamar mais elevado que o da mulher e, infelizmente, é uma realidade milenar, presente no cotidiano de diversos grupos sociais e culturais. Historicamente, a mulher é colocada em uma posição submissa e inferiorizada em relação ao homem em virtude do machismo e do patriarcado enraizados e perpetuados ao longo do tempo em diversas partes do mundo.

O gênero pode ser, muitas vezes, um fator determinante nas funções sociais. Na Arábia Saudita, por exemplo, país localizado no Oriente Médio, a religião islâmica possui ampla interferência não só no cotidiano dos seus habitantes, como também na política, sendo utilizada, inclusive, na Constituição, fazendo com que no país exista uma enorme desigualdade de gênero em muitos aspectos da vida de seus cidadãos, onde quem mais sofrem com as restrições, sem dúvidas, são as mulheres sauditas, que não podem interagir com homens que não sejam membros das suas famílias, viajar ao exterior sem a presença de um guardião e trabalhar ou abrir uma empresa sem a autorização de um homem da sua família, por exemplo.

Porém, não é preciso ir tão longe para se constatar a desigualdade de gênero, uma vez que no Brasil também é possível observar esse cenário. Basta pensar quantas mulheres ocupam cargos políticos, chefiam grandes empresas, são cientistas e que recebem salários compatíveis aos dados aos homens nos esportes de alto nível. Por questões culturais, também é possível detectar pequenos atos e falas machistas no nosso cotidiano, como "eu (homem) ajudo nas tarefas domésticas", ou "eu ajudo minha esposa cuidando dos nossos filhos", como se essas atividades fossem exclusivamente femininas. 

Combater a desigualdade de gênero é algo extremamente desafiador por ser uma prática enraizada na nossa sociedade. Contudo, toda e qualquer iniciativa, seja oriunda da esfera política ou social, que desperte a atenção para o tema e que esteja comprometida com a construção de cidadãos e cidadãs instruídos e conscientes para a questão é válida e de fundamental importância para que a desigualdade de gênero possa diminuir. 

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