Sonho Primaveresco

Perdida em um sonho primaveresco,

Na tua brisa fresca e eterna, 

Meus pés não encontram o chão. 

A relva que dança é um presto, 

Para viver sem medo da possível solidão. 

Quando entardece em meu jardim,

Desce o sol pintando de amarelo sua pele, 

E rosa? são as flores coradas de teus lábios, 

Enquanto as ondas do teu mar, 

São benzidos de águas negras.

E se a lua se põe lá no céu,

Tu não te vais com a vinda das luzes do firmamento, 

ficas por mim, para me afogar em ti, 

No doce sabor do mel em meus lábios,

Escorrendo sobre a epiderme. 

Vivida então eu fico, para cada amanhecer ao teu lado. 

Para as nascentes que nunca secam, 

Porque de teus rios bebo mares,  

Todos abençoado por refletir tua imagem; 

E se o dia vir, mas o sol não nascer la fora,

Se o pálido cinza tentar nos apagar, 

Vem com teu manto de chuvas 

Preenchendo as secas, que em mim há. 

-Rafita