Bella

Assim que cheguei em casa, fui direto tomar um banho. Estava tensa e precisava relaxar, esperava que a água quente em meus músculos pudesse fazer algo por mim.

Tirei minha roupa e entrei de uma vez debaixo do jato de á quente, foi quase instantâneo meus músculos relaxarem. Fechei os olhos aproveitando a sensação, contudo, minha paz não durou muito. Minha mente traiçoeira lembrou de uma época, alguns anos atrás onde estávamos Edward e eu tomando banho juntos.

Senti-me ficar tensa novamente. Queria dissipar aquelas lembranças, mas quanto mais eu as queria longe da minha mente, mais elas ficavam. Decidi desistir de lutar contra as recordações e apenas aceitei que elas me assombrariam por um bom tempo.

Passei a mão por meu pescoço e por um segundo, eu quase pude sentir as mãos de Edward ali, do jeito como ele me abraçava por trás, sua ereção pressionando contra minhas costas e como eu me esfregava nele querendo fazê-lo perder o controle.

Enquanto a água escorria por meu corpo, desci a mão pelos meus seios, apertando-os com força, do mesmo jeito como ele costumava fazer, imaginando ser suas grandes e másculas mãos ali, não as minhas. Gemi baixinho com a imagem mental que eu tinha do momento. Belisquei meus mamilos, imaginando ser sua boca ali e lembrando de quando ele os prendia entre seus dentes, me fazendo perder o controle e implorar por mais.

Eu quase podia sentir ele se abaixando e sussurrando em meu ouvido, me fazendo implorar por ele. ‘Diga-me o que você quer, Bella’. Essas eram suas palavras e quanto mais eu demorava a responder, mais ele me torturava, com suas grandes mãos passeando livres por meu corpo.

Nesse momento, eu não estava mais em meu estado mais sóbrio. Eu estava imersa na fantasia que construí com ajuda das memórias tão vívidas que eu tinha em minha cabeça. O som de sua voz e seu toque ainda estavam tão claros para mim, como se eu não tivesse passado um mísero dia sequer longe dele.

Ainda podia sentir ele roçando o queixo, com sua barba por fazer, em meu ombro, me fazendo arrepiar.

Um pouco mais imersa na fantasia, desci ainda mais a mão, até chegar onde eu mais queria e precisava de alívio. Mordi os lábios e fechei os olhos, desligando um dedo para dentro, sentindo o quão molhada eu estava e isso nada tinha a ver com a água do chuveiro que escorria em meu corpo agora.

De olhos fechados, eu conseguia visualizar seu rosto, aquele sorriso arrogante e sacana que ele tinha toda vez que transávamos. Movimentei meu dedo para cima e para baixo, devagar, afastando minhas pernas para me dar mais liberdade. Deslizei um dedo em minha entrada e logo em seguida, mais um.

Movimentei meus dedos com urgência, querendo o alívio que meu corpo estava desejando, usei o polegar para esfregar meu clítoris enquanto me estimulava. Minha mão livre deslizou pelo meu corpo até chegar novamente aos meus seios e os apertei soltando um gemido abafado enquanto mantinha o ritmo dos movimentos lá em baixo, minha mente começou a divagar para alguns anos atrás.

“Nós vamos transar, eu vou te foder prensando suas costas na parede desse banheiro e fazer você gritar meu nome pedindo por mais, mas primeiro, eu quero admirar seu rosto corante enquanto você goza”. Edward me disse uma vez, antes de me penetrar com seus longos e habilidosos dedos.

Um gemido alto ficou contido em minha garganta ao imaginar que eram seus dedos em mim, gemi em frustração ao lembrar que enquanto me masturbava, Edward brincava com meus seios em sua boca e isso me fez apertá-los ainda mais forte.

“Não se contenha Isabella, eu gosto quando você perde o controle e geme meu nome alto, é quase tão bom quanto te sentir apertando meu pau enquanto goza”. Sua voz era tão clara que quase abri os olhos para me certificar que ele não estava ali comigo.

Intensifiquei ainda mais os movimentos que fazia com os dedos em mim, gemendo alto ao apertar com mais força que o necessários meus seios. Eu daria tudo para ter seus lábios em meu corpo agora. Apertei ainda mais os olhos, contorcendo os dedos dentro de mim e estimulando meu clítoris. Perdida em memórias de quando estávamos juntos e imaginando ser seus dedos em mim, cheguei ao ápice logo em seguida.

Meu corpo inteiro tremeu com os espasmos violentos do orgasmo que acabei de ter. durante esses seis anos, eu evitei pensar em Edward, mas sua presença fez com que as memórias fossem inevitáveis. Eu não lembrava quando tinha sido a última vez que tive um orgasmo tão forte e tão intenso quanto agora.

Na verdade, eu bem lembrava e eu não estava sozinha quando o tive e o responsável tinha nome e sobrenome. Apoiei minhas costas na parede, deixando com que a água lavasse do meu corpo toda a evidência do que eu tinha acabado de fazer. Pelos céus, se isso for de alguma forma considerado como traição, então eu acabei de trair Riley.

Respirei fundo fechado os olhos. Por mais culpa que eu sentisse por ter me masturbado pensando em Edward e desejando tê-lo aqui comigo, e eu sabia que era errado fazer isso com Riley, eu não conseguia me arrepender, ser corroída pela culpa sim, mas não me arrepender.

Esfreguei o rosto com força até senti-lo arder. Eu vou enlouquecer a qualquer momento e a culpa vai ser daquele infeliz de sorriso sacana e arrogante e eu sequer consigo me arrepender disso.

Definitivamente, vou enlouquecer.