• Share this text:
Report Abuse
Untitled - posted by guest on 23rd February 2020 06:51:26 AM

PUTAQUEPARIU, eu não sei se odiei o James Hunt ou se chorei copiosamente por entender que no final não era sobre a rivalidade dos dois, mas sobre a admiração do Lauda pelo Hunt. E sim, eu chorei. Muito. Isso aqui vai ter 0 organização e muito menos coerência então se prepare para surtos e informações aleatórias sobre o que eu achei do filme, porque eu terminei de ver agorinha mesmo e só estou escrevendo tudo que está saindo do meu pequeno cérebro de formiga.

Primeiramente, estou full pistola pelo cartaz do filme ficar empurrando o protagonismo para o James Hunt, sendo que claramente o dono desse filme é o Niki Lauda. Não apenas por ser o narrador e, em partes, ser a visão dele, mas porquê ele realmente é O protagonista, ele fez tudo, ele correu atrás do que queria, ele entendia o que estava fazendo, era inteligente e ótima pessoa. O protagonismo é dele e eu não vou superar nunca que na maioria dos pôsters que eu vi só tem o Hunt, amados?! Hunt passa o filme inteiro choramingando e enchendo o saco, nada a ver fingir que o protagonismo é dele, só porque ele é bonito. Embora o Chris Hemsworth realmente seja belíssimo - inclusive, aquela cena dele nu, com aquela bundinha... sem palavras, okay, foco. 

Eu não prestei muita atenção na direção, sinceramente. Assim, eu gostei e tal, me lembrou Ford vs Ferrari, em relação as corridas, mas eu acho que de alguma forma, essa direção prezou muito mais pelas reações pessoais dos corredores e das pessoas que estavam a sua volta, do que a corrida em si, o que difere de FvsF porque lá eles prezaram a corrida mesmo, os sons e pipipipopopo. Enfim, eu amei que eles não fizeram das corridas, embora importantes, o centro das atenções, mas a relação deles dois, da rivalidade e do desejo de serem melhores, tanto por si mesmos, quanto pra provar para todos que são excelentes e esfregar um na cara do outro quem venceu. Eu amei a fotografia, os tons de azul e laranja, muito bem combinados, às vezes ambos os tons na mesma cena, achei belíssimo, especialmente porque é uma combinação que pode ser chocante, dependendo da saturação, mas foi perfeita. 

Eu cheguei a conclusão que odeio a Olivia Wilde, porque parece que ela sempre faz a mesma personagem: a moça bonita, com pequenas variações - tipo, a moça bonita puta, a moça bonita responsável, a moça bonita demônio, enfim, sempre a mesma ladainha e isso me cansa, e nesse filme não foi diferente. Ela é basicamente a moça bonita rainha da beleza e depois a moça bonita chorosa porque o marido mostrou que é exatamente igual ao que ele prometeu. Inclusive, totalmente desnecessária aquela cena dela assistindo a corrida final, enfiaram ali aquele corte só pra ganhar mais 40 segundos de filme. Ela já tinha sido expulsa do filme, acabou o casamento, acabou a parte dela na história. Mas talvez isso seja só implicância minha por não gostar da atriz. Agora sobre o Hemsworth e prometo não falar da bunda dele. Eu odiei o James Hunt, com todas as minhas forças, que homem bosta do caralho, eu tenho nojo de gente assim, que leva a vida igual um doido e ainda se acha na razão de dizer o que os outros podem ou não fazer, além de falar super mal do nenê Lauda, foi a picuinha mais idiota que eu já vi e eu fiquei muito triste de perceber que ele não tinha maturidade alguma para lidar com a rivalidade entre eles, que aliás foi alimentada por tão pouco. E aí depois eu odiei o filme por me fazer simpatizar, em certa medida, com o James Hunt. Ele se sentiu realmente culpado pelo acidente do Lauda, o que não é pra menos, porque o Lauda era super consciente de suas capacidades e do quão longe ele deveria ir pela corrida, embora a culpa não tenha avançado muito longe, e depois que AMEI que ele foi lá e bateu no jornalista escroto que fez perguntas podres pro Lauda, imagino que de alguma maneira o Hunt respeitava o Lauda, talvez tenha descoberto ali na hora, ou no dia do acidente, mas ele entendeu que o Lauda era um competidor a sua altura, mesmo sendo feio e blablabla, aqueles comentários de criança remelenta dele. E eu adorei que no final o Lauda diz que sentia inveja do Hunt e eu meio que entendi isso, não por ele ser um beberrão e não ter limites, mas por ser alegre, simpático, empático em certo ponto, realmente é uma pessoa que é bom ter por perto em uma festa ou mesmo no trabalho, é alguém irritante que tem pequenos momentos de diversão, então vale à pena. Agora, vamos para o prato principal, o verdadeiro dono desse filme: DANIEL BRÜHL PODE ENTRAR! Meu Deus, o que foi isso que eu acabei de assistir? Eu realmente simpatizei com o Daniel, não senti aquela maldade que eu sempre fico esperando surgir dele, por mais que ele seja um cara sério e introvertido, eu amei o personagem e a interpretação dele, de alguma maneira o Lauda é uma pessoa que você quer por perto, mesmo sendo tão sério e com essa fachada de chato. Eu gostei, de verdade. Ele tinha algo nesse filme, uma chama, não tão óbvia quanto a do Hunt, mas um desejo implícito de alguma coisa. E eu gostei demais que ele sabia o que estava fazendo, ele não era um mero corredor, ele sabia de carros, ele sabia juntar os dois conhecimentos e isso é lindo. Também adorei que ele sempre foi muito sensato, que tentava dar um pouco de rumo para o Hunt, mesmo sabendo que isso nunca iria acontecer, mas fazia mesmo assim, só pra dizer que fez ou porque se sentia conectado ao Hunt. Eu chorei demais com o final, quando ele admite que gostava do Hunt, que era uma das poucas pessoas que ele já invejou, isso é tão lindo. Porque usualmente a mídia adora esse tipo de conflito e eles engolem as pessoas que estão dentro deles, e por um longo tempo, eles dois se deixaram influenciar por isso, mas depois eles passam a se respeitar mesmo, claro que sem deixar a rivalidade de lado, mas isso não é mais algo que faz eles se odiarem. 

Lauda é um nenê que merecia ser protegido e eu amo que ele ama a vida e ele é lindo e ai meu deus apaixonei nesse docinho amargo de pessoa.

Report Abuse

Login or Register to edit or copy and save this text. It's free.